O edifício proposto estabelece uma geometria assente na configuração do terreno. Um volume puro que divide e cria ao mesmo tempo dois espaços exteriores que funcionam de modo complementar e distinto. A Noroeste um espaço de chegada que marca a entrada principal do edifício, a Sudeste um espaço exterior de apoio à escola que será o prolongamento das salas de estudo.

Tendo em consideração as especificidades deste projeto, consideramos que o tijolo face a vista foi preponderante para criarmos um edifício que, por um lado se integra com os edifícios envolventes, e por outro, reclama uma identidade própria numa zona de edifícios também revestidos a tijolo. Formalmente, o edifício desenvolve-se na sua relação com os dois espaços exteriores criados. A Noroeste mais encerrado sobre si mesmo, enfatizando o vazio que marca a entrada principal. A Sudeste abrindo-se completamente, aproveitando a boa exposição solar e explorando a relação interior/exterior. De modo a quebrar o rigor formal do volume, optamos por um tratamento mais conceptual do uso do tijolo da face a vista. A fachada desenvolve-se através de dois padrões distintos. O primeiro, como forma de demarcar as aberturas, explora a sensação de cheio e vazio, numa combinação de dois tijolos assentes com junta intermédia, criando entre eles um vazio de separação. O segundo, um padrão assente no dinamismo criado por tijolos salientes, que procuram explorar um movimento contínuo de interligação das três fachadas.